A Polícia Judiciária recolheu hoje sete cápsulas de bala e outros vestígios próximo do pavilhão Arena, em Portimão, alvejado durante a noite quando decorria um jantar do PS/Algarve, que contou com a presença do primeiro-ministro José Sócrates.
As cápsulas, de calibre de pistola de 7.65 milímetros, foram encontradas a 132 metros do Pavilhão Arena e são habitualmente utilizadas em armas das forças de segurança.
Dos sete tiros disparados sobre o local, de onde saíra meia hora antes José Sócrates, só dois projécteis acertaram na cobertura do recinto.
Ontem, fonte do gabinete do primeiro-ministro garantiu ao Expresso que José Sócrates "já não estava no local" e "só se apercebeu do que tinha acontecido quando chegou ao hotel" onde está alojado. Ninguém ficou ferido no incidente.
Nas perícias durante a madrugada, a PJ observou marcas visíveis de impacto de dois projécteis na cobertura do pavilhão, tendo mantido no local 22 inspectores de quatro secções - Direcção Central de Combate ao Banditismo, DIC-Departamento de Investigação Criminal de Portimão, Secção Regional de Combate ao Banditismo e dois técnicos da polícia científica, que vistoriaram minuciosamente a área circundante do Pavilhão Arena.
Em declarações à Lusa, o coordenador do DIC de Portimão da PJ, Paulo Rebelo, confirmou a recolha de vestígios de uma arma de fogo, explicando ser "ainda cedo para tirar qualquer conclusão" e que o material recolhido seria enviado para análise balística no laboratório da Polícia Científica.
Os elementos da Polícia Científica vistoriaram durante três horas a cobertura do pavilhão, à qual acederam através de uma escada Magiruz dos Bombeiros de Portimão.