Manila, 22 Jun (Lusa) - Pelo menos 155 pessoas foram mortas devido à passagem do tufão "Fengshen" pelo centro das Fipilinas, segundo um novo balanço divulgado hoje pela Cruz Vermelha local, que não tem em conta o naufráfio de um ferry que transportava mais de 700 passageiros.
Na província de Iloilo (centro, 500 quilómetros a sul da capital, Manila), uma das zonas mais atingidas sábado pelo tufão, 101 pessoas morreram e muitas outras foram dadas como desaparecidas, disse o presidente da Cruz Vermelha das Filipinas, Richard Gordon.
Outras mortes foram registadas nas regiões de Romblon, Cotabato, Antique e Capiz, segundo Richard Gordon.
"Este balanço vai aumentar muito quando tivermos a lista de passageiros do ferry", admitiu o presidente da Cruz Vermelha das Filipinas.
Um anterior balanço dava conta de pelo menos 60 mortos.
Os serviços de salvamento localizaram hoje o ferry que naufragou na região central das Filipinas devido ao tufão "Fengshen", mas não encontraram vestígios dos seus 740 passageiros desaparecidos, informou um porta-voz da Guarda Costeira.
Quatro dos ocupantes da embarcação apareceram mortos na costa e três pessoas chegaram, provavelmente a nado, à ilha de Sibuyan, situada a três quilómetros do local onde o navio afundou, 300 quilómetros a sul do capital.
O porta-voz explicou que peritos estão a tentar determinar para onde a maré pode ter levado os desaparecidos do ferry "Princess of Stars".
Nanette Tansingco, mulher do presidente da câmara municipal de San Fernando na província de Romblon, confirmou hoje de manhã a descoberta de quatro cadáveres do ferry.
Com ventos de 120 quilómetros por hora e rajadas de vento de 150 quilómetros, o tufão alterou a sua trajectória hoje de madrugada e aproximou-se da capital, onde arrancou árvores e provocou cortes no abastecimento eléctrico em várias áreas da zona metropolitana.
O "Fengshen", cujo nome local é "Frank", também obrigou ao desalojamento de cerca de 200 mil pessoas na região de Bicol, no extremo sueste de Luzón, mas a maioria delas regressou hoje de manhã às suas casas.
As Forças Armadas começaram a distribuir arroz e outro material de emergência, encontrando-se os hospitais em estado de vigilância activa.
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